Poetas e Dramaturgos, seu espaço!

sábado, 13 de novembro de 2010

Andar Junto

Quando tu aluga teu apartamento
Eu tenho onde morar
Quando teu cachê aumenta
Eu fico rica
Quando a grande idéia surge
A mim também ilumina

Nem atrás, nem a frente
Nem acima, nem abaixo
Do lado, compassado, junto
Tantos países do mesmo mundo
da mente, do espírito, do coração

Da competição para a cooperação


Vanessa Kober

domingo, 31 de outubro de 2010

eduardoandradeaquino

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Realizada em parceria com o BioCarioca Restaurante de Gastronomia Natural. Temos a quarta-feira como espaço estabelecido de encontro certo, onde num clima bem aconchegante, o encontro inicia como um sarau, com apresentação de textos, poemas e sempre abrindo espaço para novidades e convidados da noite. Uma noite de arte e diversão.

sábado, 30 de outubro de 2010


Só a mim pertence,
o amor que sinto,
o desejo que sinto,
a angústia que sinto.
Sinto, sinto,
...não quero magoar.
Sinto por existir,
sinto por respirar,
sinto por não fazer.
Sinto, sinto,
muito, não por você.

sábado, 9 de outubro de 2010

Perde-se o amor. Arruma-se outro?
De certa forma sim,
só que este novo amor deve ser por você mesmo.

Caí uma pedra. Você espera ajuda?
De certa forma sim,
só não espere ela chegar. Mova-a.

A lama morro abaixo invade sua vida.
Em primeiro lugar, acalme-se.
Segundo, tudo na vida passa,
e nada, nada é para sempre.

Só assim, estaremos preparados,
para amar e ser amado.

PRAS.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Sambô

Sambo até me acabar
Abafar a dor do peito
Com a dor que a perna dá

Sambo no limite da agonia
Ironia é que sempre lembro
Tempo em que era real a fantasia

Sambo por beber tanta saudade
Vontade nem é muita
Força falta, sobra idade

Sambo porque o samba me brota
Entorta o chapéu em que me escondo
Abre a fresta da tua porta

Sambo só
Só pra te negar
Sambo mesmo pra mentir
Que samba é o riso de te ver chegar

Trânsito

E o amor nasceu sincero
Em um dia de verão
Dentro de um carro.

E morreu de acidente
Por andar na contra-mão
Dentro de um ônibus lotado.

Fala, Mas Não Diz

Tanto há de ti que até me perco
E me contento em só te saber
Porque nada é tão feliz quanto o tempo
Que como vento passa, mas não se vê


E eu, boba, sorrio
Achando bonito não te ter
E digo coisas de mim mesma
Só pra te fazer sofrer

Não importa o número de vezes
A vida toda se for

Olho sempre como quem nunca quis
Porque toda mulher fala, mas nunca diz

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Realizada em parceria com o BioCarioca Restaurante de Gastronomia Natural. Temos a quarta-feira como espaço estabelecido de encontro certo, onde num clima bem aconchegante, o encontro inicia como um sarau, com apresentação de textos, poemas e sempre abrindo espaço para novidades e convidados da noite. Uma noite de arte e diversão.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Música de Apitos

Nunca uma folha em branco me disse tanto
Sobre como, palavrinhas combinadas
Com riso ou com pranto
Me fazem mesmo é cerrar o punho
Fazer rascunhos de mim mesmo
E nunca publicar
Talvez, eu mesmo, só me saiba em rabiscos
Feito música feita em apitos
Um esboço de qualquer coisa
Que se entende ter certa beleza
Mas, passa longe da certeza
Do vislumbre dos olhos do coração

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Um Dia em Branco

Bom, vou estrear o espaço com uma poesia minha.
Espero ver muitas por aqui!
Viva Etnia!
Beijo,
Tiago.




Um dia em branco
Passa assim
Doente de tão franco
Feito tapa na cara
Contrastando com a fala
Arrastada e perdida
De uma noite bandida
Negra e contente
Como se ter dente
Fosse requisito pra sorrir

Um dia em branco
É sempre meio cinza
Não é luz nem pranto
Feito eu, ninguém
Um amor que não contém
Nem suspiro nem carinho
Derrubando o passarinho
E queimando na brasa
Como se ter asa
Fosse requisito pra voar

Um dia em branco
É só um dia
De se abraçar na agonia
De se perder a fé

Que dure enquanto nos divertirmos!

As coisas que amamos, as pessoas que amamos são eternas até certo ponto. Duram o infinito variável no limite de nosso poder de respirar a eternidade. Pensá-las é pensar que não acabam nunca, dar-lhes moldura de granito. De outra matéria se tornam, absoluta, numa outra (maior) realidade. Começam a esmaecer quando nos cansamos, e todos nos cansamos, por um outro itinerário, de aspirar a resina do eterno. Já não pretendemos que sejam imperecíveis. Restituímos cada ser e coisa à condição precária, rebaixamos o amor ao estado de utilidade. Do sonho de eterno fica esse gosto ocre na boca ou na mente, sei lá, talvez no ar. (Carlos Drummond de Andrade)